ABRAÇO DO PAI

 

Texto: Lc 15.11-32

 


 

Introdução: 

Desta parábola pode ser dito que “é a coroa de todas as parábolas “ou” é o evangelho dentro do evangelho”.

São três as fases nas vidas dos filhos de Deus:

Do Filho Mais Moço:                                                                                 

1- Rejeição ao Lar     /    1- Em Casa                                         

2- A Volta ao Lar      /    2- Longe de Casa                                                                                                                              

3- A Recepção ao Chegar ao Lar   /   3- De Volta p/ Casa                

 

Do Filho Mais Velho:                         

1-    Ficou em Casa                                                                         

2-     Ficou Servindo                                                                        

3-    Se Recusou a Entrar em Casa

 

O QUE PODEMOS APRENDER DESTA NARRATIVA TÃO BELA?

1. O Pai ama a seus filhos igualmente (v.12)

Com exceção de Jesus, não existe um filho de Deus se quer, que não Lhe cause problemas. 

 

 2. Os filhos de Deus, que somos nós, são todos eles problemáticos.                                                               

A parábola: Inicia com o filho mais moço saindo de casa (v.13) e termina com o mais velho recusando-se a entrar (v.28)    

Não somos super-crentes, nem super-heróis.

 

3. Os erros e acertos dos filhos de Deus, não são influenciados pela Maturidade ou Imaturidade que estes possuem.                    

Os erros ou acertos, não são influenciados por nossa Maturidade ou Imaturidade que possuímos.                  

A Imaturidade de Um leva-o a ir embora e gastar tudo que tinha (v.13)                                                            

A Maturidade do outro, não o habilitou a usufruir de seus bens, nem mesmo se quer usou um cabrito p/ celebrar com seus amigos (v.29)

 

4. Todo Afastamento Da Casa Do Pai, Gera Humilhação. Todo Afastamento Da Presença Do Pai Gera Humilhação:                                                       

Já não sou digno de ser chamado teu filho (v.18,19)        

Longe do Pai:   Perde a dignidade (v.18,19)                                           

Longe do Pai:   É sinônimo de estar perdido (v.24)     

Longe do Pai:   É sinônimo de estar Morte (v.24)                                             

 

Para um judeu não existia maior humilhação, que apascentar porcos.                                                               

Mas para o filho perdido a humilhação era ainda maior, e pior, pois ele não só estava apascentando porcos como desejava comer as lavagens ou alfarrobas que os porcos comiam.

 

Como são humilhados os homens e mulheres, quando se distanciam de Deus o Pai, ao ponto de se identificarem com apetites animalescos, e com desejos de se alimentarem com o lixo deste mundo como fazem os animais.

 

Longe do Pai, há uma Inversão de Valores (v.16)            

Os porcos eram valorizados: dava-lhes de comer (v.16).

Mas ao filho perdido: ninguém lhe dava nada (v.16)                                                                                            

O mundo valoriza mais a animais de estimação do que pessoas.                                                                    

O mundo valoriza mais animais que gentes...

 

5. Toda Rebelião, ou Afastamento de Deus é uma espécie de Loucura (v.17)                                                

Depois que ele fez o que fez, ele caiu em si.                                          

Se afastar de Deus é estar fora de si...                                             

É preciso cair em si, é preciso voltar a si...                        

É Preciso voltar da ilusão para a Realidade...                           

O primeiro passo do arrependimento é cair em si!

 

 

6. É o Nosso relacionamento Familiar, que temos com o Pai, que nos permite bênçãos. E não nossa submissão a Ele.

Vou Repetir: É o Nosso Relacionamento de Pai e filhos, que nos permite sermos abençoados, e não o meu relacionamento de Senhor e Servo.                                                                              

O mais novo, o filho caçula se relacionava com o Pai de maneira esperada: como pai e filho (v.12)

O mais velho se relacionava com o Pai de maneira inesperada: como Senhor e Servo (v.29)

 

Era tão intensa esta relação de Senhor e Servo que este filho mais velho tinha com seu Pai, que ele não estava em casa quando seu irmão retornou, estava trabalhando, servindo.

O mais Moço chama o Pai, de Pai pelo menos 5 vezes: (v.12,17,18,18,21)

Enquanto que o mais Velho nem uma vez se quer: (v.29,30) são 2 versículos um total de 42 palavras deste dialogo com o Pai, mas nem uma vez ele chama o Pai, de Pai. Isto demonstra que o relacionamento dele não era familiar.                      

Era um relacionamento de Senhor e servo.

Deus não me abençoa porque eu O sirvo.                                  

Deus me abençoa porque Dele eu sou filho.

E eu, não O sirvo porque Ele me abençoa.                                 

Eu O sirvo porque Ele me ama e me quer bem.

E todas as vezes que eu me aproximo dele, em vez de eu encontrar um Senhor duro e terrível, eu encontro um Pai amoroso e bom, que me trata como filho, mesmo sem eu merecer. (v.24)

 

7. Nossos pecados não influenciam, ao Pai em nos abençoar ou não. São os nossos arrependimentos que o influenciam

Nossos pecados não influenciam ao Pai, em ultima analise a nos abençoar ou não. São os nossos arrependimentos que O influenciam.

Deus não nos deixa de abençoar porque pecamos.                  

Deus deixa de nos abençoar, porque não nos arrependemos.

 

8. Deus não nos trata como Dignos ou Indignos.

Deus não nos trata como Merecedores ou Não.

Somos dignos ou indignos? eis a questão.

O mais Moço se achava indigno por ter pecado (v.19,21)

O mais Velho se achava digno por ter permanecido em casa, se relacionando não como filho mais como servo: eu te servi sou digno (v.29)                                            

Mas se indignou pela atitude do Pai (v.28)          

Todos nós somos indignos perante Deus de recebermos qualquer benção da parte dele.

 

9. Os Passos do Arrependimento, são sempre vagarosos e difíceis. Enquanto que os passos do Amor, Perdão e Reconciliação são, Velozes(v.20)          

Nossos Passos são Lentos e Difíceis.

Os de Deus São Velozes.

Os passos que damos na direção de Deus: são lentos e Difíceis (v.20)

Os passos que Deus dá em nossa direção: são Velozes (v.20)

O filho dirigiu-se a casa paterna de longe(v.20)

O pai Correu em direção ao filho tão logo o viu(v.20)

Isto mostra a disposição de Deus de se dirigir ao nosso encontro. Deus esta correndo ao encontro de muitos aqui hoje.    

 

10. Não devemos de forma alguma tentar sermos mais justo que Deus o Pai.

O mais Moço partiu, gastou, pecou e reconciliou com o Pai, e o Pai o amou e deu muitos presentes a ele (v.13,14,18,20,21,22)

Ele poderia dizer ao Pai: Não! Eu não mereço, não posso receber. O Pai diria: Quer ser mais justo do que eu?

O mais Velho ficou em casa, serviu e obedeceu ao Pai. Porem se indignou querendo ser mais justo que o Pai, e se recusou a entrar em casa, preferiu o lado de fora.

Ele não se indignou porque o Pai recebeu seu irmão, ele se indignou porque o Pai tratou a seu irmão com amor em vez de tratá-lo com justiça.

Para o mais Velho, seu irmão seu irmão não merecia aquela festa, muito menos matar o boi da engorda, o boi cevado. O boi cevado era para uma festa ultra-especial.

Quantos querem censurar a Deus o Pai, quando Ele quer ou quando Ele abençoa de forma especial a um de seus filhos?

No nosso relacionamento com Deus, Deus é muito mais Amor do que Justiça.

Existem dois tipos de Filhos: os que têm, e sabem o que tem, e usam desfrutam do que tem. E os que têm, e não sabem o que tem, por isto não desfrutam do que tem.

O mais Moço Sabia que tudo que pertencia ao Pai, pertencia a ele também: Dá-me a parte da fazenda que me pertence (v.12)

O mais Velho Não sabia que tudo quanto pertencia ao Pai a ele também pertencia: Tudo que eu tenho é teu (v.31)

 

11. Quando pecamos e nos dispomos a se humilhar aos pés do Pai, ele nos surpreende estendendo não as mãos para nos levantar, mas ele faz mais do que isto: ele nos abre os braços e nos abraça.

O Pai quer te abraçar aqui hoje, ele queria te abraçar no momento em que você pecou, mas como não foi possível porque você se escondeu, ele quer te abraçar aqui hoje. Enquanto estamos ausentes do Pai, seus braços permanecem vazios, e trazem a memória do Pai nossos pecados. Quando porem nos braços afetivo do Pai estamos, o preenchimento do vazio acontece, e a nossa presença repeli dos sentimentos dele os pecados que por ventura cometemos. E isto o leva a nos cobrir não de castigo mas de beijos, porque chegamos ao seus braços são e salvos.

 

12. Quando Voltamos Para o Pai, encontramos o que não esperamos ou merecemos.

O filho prodigo, esperava voltar para a casa do Pai e se tornar um trabalhador, um servo, pois sabia que não merecia ser reconhecido por filho. Porem encontrou mais do que esperava ou merecia, encontrou:

O Pai correndo em seu Favor (Comprometimento)

Braços Abertos, Abraços (Comunhão)

Beijos    (Intimidade)

Boa Comida, Banquete   (Alimento)

Anel no Dedo Restauração, Restaurando autoridade

A Melhor Roupa, Vestes Nova(Santificação)

Sandálias (Filiação, Servos não causam os pés)

Uma grande festa c/ musicas, danças(Comemoração)

Amem.

 A.M.M.