QUAL É A MANEIRA CERTA DE SE OFERTAR NA IGREJA?
Em 2 Coríntios capítulos 8 e 9, o apóstolo Paulo resume a doutrina cristã sobre ofertas, que pode ser esboçada do seguinte modo:
Primeiro, ela é uma “graça”, isto significa duas coisas: a primeira é que é uma disposição criada pelo Espírito (2Co 8.7), a segunda é que não somos capazes de ofertar nada a Deus, mas mesmo incapazes recebemos esta graça Dele para que possamos ofertar.
Ofertar nada mais é do que dar a Deus o que é de Deus por direito. É simplesmente transferir algo de uma das Suas mãos para a outra, conforme falou Davi, quando ofereceu a Deus muitas ofertas para a construção do Templo (1Cr 29.14). A oferta dos cristãos é o privilegio que Deus os concede para juntar tesouro nos céus (Mt 6.19-21).
Segundo é que ela está em contraste com a lei, que impunha a oferta como uma exigência divina, a oferta cristã é voluntaria e é prova de sinceridade e amor do crente pela obra de Deus (2Co 8.8-12; 9.1,2,5,7).
A Palavra de Deus nos ensina que é um privilegio ofertar, e este privilegio é universal, é para pobres e ricos de acordo com a capacidade de cada um (2Co 8.1-3,12-15).
Terceiro é que a oferta deve ser proporcional aos ganhos e posses de cada um, ninguém deve dar alem das suas condições, pois se assim o fizer o texto Bíblico deixa claro que Deus não aceitará tal oferta (2Co 8.12-14), isto mostra que Deus não quer sacrifícios Deus quer ação de graças.
A oferta deve ser voluntaria se não, também não será aceita por Deus (2Co 8.12). A verdadeira motivação para se ofertar é aquela que surge no interior do homem, nascendo do seu coração. Por isso que a verdadeira oferta deve ser oferecida segundo o coração (2Co 9.7). Ela deve ser dada com alegria, sem constrangimento ou obrigação (2Co 8.2; 9.7).
O resultado da ação voluntaria de se ofertar são muitos, mas no texto mencionado temos os seguintes resultados. Primeiro é a promessa divina do aumento da capacidade do ofertante em dar em proporção ao que já foi ofertado, ou seja, o aumento da sua sementeira (2Co 9.7-11). Segundo o aumento da gratidão à Deus por parte daqueles que forem socorridos pelas ofertas, ou seja, o numero de pessoas gratas a Deus ira aumentar (2Co 9.12). Terceiro é que Deus será ainda mais glorificado na igreja e no mundo pela propagação do Evangelho (2Co 9.13,14).
Com respeito à oferta quero mencionar ainda quais os elementos essenciais da oferta cristã registrados na Palavra de Deus, com base no texto de 1Coríntios 16.1,2, que normatiza a prática.
Neste texto a Palavra de Deus nos diz quando devemos ofertar:
No primeiro dia (1Co 16.2) isto significa na primeira oportunidade, sempre que tivermos condições de fazê-lo.
E também nos diz como devemos ofertar. Devemos ofertar com regularidade, com norma, com regra e com ordem: Quanto à coleta que se faz para os santos fazei vós também como ordenei as igrejas da Galácia (1Co 16.1). Ordem aqui não é mandamento é regra ou método prescrito. Poderia bem ser traduzido por indicação.
E nos ensina ainda quem é que pode ofertar ou quem pode participar da oferta: cada um de vós (1Co 16.2), isto significa que todos podem ofertar.
A Palavra de Deus também nos diz a base de se ofertar: conforme a sua prosperidade (1Co 16.1), conforme o que cada um tem, a exemplo da viúva pobre que ofertou o que tinha, apenas duas moedas que correspondia um quadrante, que equivalia de cinco a vinte centavos de real. Na ótica dos homens tal oferta era desnecessária, pois não acrescentava nada ao cofre do Templo, mas, na visão de JESUS era muito importante, pois era maior do que as ofertas que todas as ofertas apresentadas ali (Mc 12.42-44).
A Palavra de Deus nos diz a maneira de ofertar: ponha de parte o que puder ajuntar (1Co 16.2), separe o que puder.
Em síntese o ato de ofertar não é uma obrigação para nós cristãos, ainda que seja ensinado no N. Testamento. Pois ofertamos por fé e por gratidão a Deus, pois Ele nos ensina estes princípios que a contribuição deve ser feita de forma sistemática, liberal, abundante e alegre (1Co 16.2; 2 Co 9.6,7).